top of page

SOBRE NÓS

A ASSOCIAÇÃO DE CEGOS LOUIS BRAILLE, foi fundada em 14 de abril de 1933, com o objetivo de prestar, aos cegos, assistência material e moral, assim como participar dos trabalhos de apoio e encaminhamento dos ex-alunos do Instituto São Rafael. É a Associação privada, para cuidar de deficientes visuais, mais antiga do Brasil.  

São seus fundadores:Ayres da Matta Machado, Benedito Marra da Fonseca, Heitor Menin, João Gabriel de Almeida, Jonathas Benjamim, José Ferreira de Oliveira, e Renato Belém Jardim.


A Associação operou em diversos endereços fornecendo bengalas, regletes e sorobans, para os deficientes visuais carentes e também orientação e apoio para empregabilidade.


Heitor Menin, um dos fundadores, percebeu a necessidade de ter duas casas, uma para homens e outra para mulheres, que abrigasse os alunos, egressos do Instituto São Rafael, maiores de 18 anos, alfabetizados e com conhecimento do Braille, vindos do interior, e que desejassem continuar seus estudos e a busca da profissionalização.


O Prefeito de Belo Horizonte, Dr Emídio Beruto, apoiou a idéia e através dos Decretos Lei 1651 de 23 de janeiro de 1946, retificado pelo Decreto Lei  Nº 1761 de 18 de junho de 1946, fez a doação do  terreno para que a Associação construísse, no prazo de 4 anos, a primeira casa prevista no projeto.


A casa das mulheres foi construída sob o acompanhamento pessoal do Heitor Menin , Presidente da Associação. Os desenhos do projeto da casa, feitos em papel vegetal e caneta nanquim, estão perfeitamente conservados e guardam a assinatura do Presidente, no Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte, à rua Itambé, nº 227. Uma com projeto cuidadoso e bem construída foi inaugurada em 1948, dois anos após a doação do terreno.


A concepção do projeto era ter uma casa, que fosse cuidada pelas próprias moradoras, todas cegas ou com pouca visão residual. Elas fariam as “Atividades da Vida Diária” de uma casa, limpar, cozinhar, lavar a roupa, como um componente do projeto de preparação para a vida independente. A Associação se encarregava de mobilizar voluntários, para a leitura e ajuda aos cegos estudantes, pois não existiam livros em Braille, mantinha o suprimento da casa e os pagamentos das contas.


Por fotos se constata que na casa chegaram a residir 33 mulheres. E são inúmeras as historias de mulheres cegas que conquistaram a formação e a plena inclusão social. A casa foi carinhosamente apelidada de Lar das Cegas.

 

Esta casa situada a rua Geraldo Teixeira da Costa, 202, bairro Floresta, CEP 30150-120, Belo Horizonte, Minas Gerais, que abrigava mulheres cegas, se transformou na sede da Associação e fazia atendimentos externos a todos os cegos, como rezava o Estatuto.


Diante do sucesso da Casa das Mulheres, o Prefeito Otacílio Negrão de Lima através da Lei nº 100 de 01/05/1949, fez a doação de um outro terreno para a construção da Casa dos Homens no prazo de 4 anos. Em 1955 o Prefeito Celso Melo de Azevedo através da Lei n° 499 de 27/11/1955, prorrogou o prazo, mas devido às dificuldades da época não se conseguiu construir a Casa dos Homens.


O trabalho realizado pela Associação foi reconhecido como de Utilidade Pública Estadual pelo Governador Israel Pinheiro da Silva do Decreto nº 10.678 de 12 de setembro de 1967, Utilidade Pública Municipal pelo Prefeito Luiz de Souza Lima através da Lei nº 1640 de 15 de abril de 1969 e Utilidade Pública Federal pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso através do Decreto de 1º de julho de 1996. Estes títulos, de reconhecimento da excelência do trabalho estão mantidos e renovados. No caso do Título Federal até a sua extinção. (O Ministério da Justiça informa que a Lei nº 91, de 28 de agosto de 1935 foi revogada pela Lei nº 13.204 de 2015, e, assim, deixa de existir o título de Utilidade Pública Federal (UPF).
 

O primeiro estatuto que regia o funcionamento da Associação de Cegos Louis Braille foi registrado no Cartório Gero Oliva sob o número 177 em 1936. Várias alterações têm sido feitas sempre com o nobre objetivo de transformá-lo num instrumento dinâmico e atual, que especifique, satisfatoriamente, as normas que conduzem o bom andamento de suas atividades.

Em janeiro de 2004 foi realizada alteração estatutária e construído um novo Regimento Interno para ter condições legais de abrigar 6 idosas, residentes na casa há mais de 50 anos e que também continuasse a prestar serviço de acolhimento da mulher cega carente, com o compromisso de estudar e buscar a profissionalização.


Em 2017 nova alteração para adequar os Estatutos da Associação ao art. 33 da Lei Federal nº 13.019/2014. A alteração aprovada foi a inclusão no art. 34 do Estatuto do Parágrafo 5º - A Associação realiza a Escrituração Contábil de acordo com os princípios de contabilidade e com as Normas Brasileiras de Contabilidade.

Atualmente, a Associação de Cegos Louis Braille é administrada por um período de quatro anos, organizada da seguinte forma: Diretoria: constituída por um Presidente, um Vice-Presidente, Primeiro e Segundo Secretários e Primeiro e Segundo Tesoureiros;
Conselho Deliberativo: composto de seis membros e três suplentes; Conselho Fiscal: composto de seis membros e três suplentes.


A Associação está registrada no CNAS desde 1953. no Conselho Municipal Assistência Social de Belo Horizonte sob o número 061. Possui Certificado CEBAS de Assistência Social do Ministério de Desenvolvimento Social.


Ao longo da história da Associação, registra se a luta para combater o asilamento que inclina o deficiente visual para a improdutividade e parasitismo, além da segregação que o distancia da vida social.


Dentre as atividades realizadas, mesmo não dispondo de recursos técnicos e financeiros suficientes, podemos destacar: Reabilitação e prevenção da cegueira; Cursos de orientação e mobilidade; Encaminhamento para cursos profissionalizantes e para colocação no mercado de trabalho.


Criação do Mobral para Cegos, movimento pioneiro no Brasil, com o apoio integral do General Campos Cristo, presidente do Mobral Municipal; com levantamento do número de cegos em Minas Gerais, através das Prefeituras Municipais, Monitores do Mobral e Sociedade São Vicente de Paulo (Vicentinos);
Clube de Mães Cegas, visando maior intercâmbio com as famílias assistidas e proporcionando-lhes noções de higiene, culinária, puericultura, etc; Clínica de estética visando dar trabalho às internas e às cegas casadas; Biblioteca em Braille; incluindo a Bíblia e Livros Espíritas.

 

Doação para pessoas carentes de regletes, bengalas e relógios; Doação de óculos e próteses oculares, para um determinado número de pessoas, assistidas pelo Serviço Social do Hospital Bias Fortes, através do programa Boa Visão; Encaminhamento para consultas e cirurgias oftalmológicas gratuitas; Oficina protegida de trabalho para cegos e portador de visão subnormal.

 

O Abrigo permanente das idosas, com as necessidades de novos funcionários, elevou em muito os custos e a captação não cresceu. Atualmente a realização de cursos e treinamentos tem sido descontinuada por falta de recursos.

Com as regulamentações do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) e por força do Termo de Cooperação com a Prefeitura não estamos recebendo cegas do interior do estado.

Em mais de oito décadas de serviços prestados, a Associação de Cegos Louis Braille sabe que ainda há um longo caminho a percorrer.

Nosso trabalho continuará. Em busca da prevenção da cegueira evitável e na integração social e econômica  do deficiente visual.
 

Missão: Contribuir para a integração social das pessoas cegas e de visão subnormal (Art. 2º do Estatuto)

 

Visão: “Ser um Centro de Referência,  reconhecido nacionalmente, em identificação, uso  e difusão das tecnologias de  apoio ao desenvolvimento e a plena inclusão social do deficiente visual.”

bottom of page